SOBRE O ESPIRITISMO E RELIGIÕES



Há algum tempo, em razão de alguns fenômenos que aconteceram em minha vida, decidi estudar o espiritismo. Não é um assunto que agrada a muitas pessoas, mas isso não me interessa.

Desde muito pequeno, notei que tenho uma sensibilidade muito grande para sentir a energia que outras pessoas transmitem, sejam energia positiva ou negativa. Eu também sempre tive muitos dejavu’s, o que me deixava muito assustado e me levou a comprar livros sobre o assunto.

Quando eu cursava a faculdade de direito e estava fazendo o estágio de prática trabalhista II no Centro Universitário do Distrito Federal - UDF, tive uma experiência que me deixou chocado. Era o segundo semestre de 2009, eu cheguei para o estágio às 9h da manhã em um prédio alugado pela UDF na quadra 716 da Asa Norte em Brasília. Ao abrir a porta já fiquei paralisado por “rever” o que aconteceria a partir daquele momento: o professor orientador estava subindo a escada que dava acesso ao subsolo daquele prédio, no qual eu jamais havia descido. Quando o professor se aproximou de mim, meus olhos lacrimejaram imediatamente e uma tensão tomou conta o meu corpo, em razão do sentimento de “premonição” que aquele episódio gerou em mim.

_ Heyrovsky, há um telefone para você...
_... um aparelho branco que fica numa sala no fundo da sala do andar de baixo e que tem um porta branca... (falei com a voz trêmula)
- Isso... o que foi? Está tudo bem?

- Nada, professor... é que parece que isso já aconteceu... Se eu estiver certo, é uma senhora que quer saber sobre a carteira de trabalho dela...
Uma outra professora que estava lá ouviu tudo, viu o meu estado de choque e, imediatamente, se levantou segurou meu braço e me acompanhou até lá... enquanto caminhávamos ela falou apenas para mim:

- Você precisa desenvolver isso.
- Não sei o que fazer.

Atendi ao telefone e, do outro lado, a senhora perguntou sobre sua carteira de trabalho. Fiquei tão em choque que peguei minhas coisas e fui embora.

Minha professora encontrou comigo outro dia na faculdade e me chamou para conversar. Me explicou um pouco sobre o espiritismo e falou que eu tinha o dom da mediunidade e que deveria procurar ajuda para desenvolvê-lo.

Outro episódio interessante foi no final de dezembro de 2017. Durante a madrugada, eu tive um sonho com uma das executivas de um grupo empresarial para o qual eu advogo. Vou chama-la de Márcia.

No sonho, a Márcia chorava muito encostada em um carro e
Ao chegar pela manhã, comentei sobre o sonho com minha advogada associada e falei que enviaria uma mensagem à Márcia para saber se ela estava bem.  E assim o fiz.
Poucos minutos depois a Márcia compareceu na minha sala, me deu um abraço e agradeceu a preocupação, mas disse que estava bem.

No entanto, no dia seguinte, ela me procurou novamente e contou que havia chorado muito na noite anterior (dia que contei sobre o sonho), em razão de um problema que a afligiu, mas que o choro a aliviou.

- Heyrovsky, lembrei de você na mesma hora e, mesmo sem termos intimidade, você viu tudo o que eu estava passando. Como você falou que viu no sonho, meu choro me deixou aliviada. Obrigada, amigo.

Em razão de episódios como esses é que vejo a necessidade de aprofundar meu conhecimento no espiritismo, e não significa que vou seguir ou não uma determinada religião porque acredito que a religião apenas segrega as pessoas. O que quero dizer é que acredito em tudo o que é bom e em Deus (ou numa força maior, como preferirem), independentemente de qualquer doutrina religiosa. Isso me faz bem – e muito bem.
Após postar uma foto em meu Instagram de dois livros que eu estava lendo esta semana, dentre os quais um sobre espiritismo, tive que ouvir:

- Espiritismo não é de Deus.
- Nem esse julgamento que você está fazendo, também. Vamos encerrar esse assunto antes mesmo dele iniciar.

Me levantei da mesa e me retirei. Não há via motivo para eu me estressar porque uma pessoa queria isso.

A religião é um dos maiores motivos de guerra em todo o mundo, motivo de discussões, desfazimento de amizades, separação entre pessoas, povos e nações. Não sei porque ainda atribui-se tanta importância à religião. Como muito bem cantava John Lennon:

Imagine there's no countries
It isn't hard to do
Nothing to kill or die for
And no religion too
“E nem religião também...”

Agora imagine Se todas as pessoas amassem, respeitassem, se unissem e lutassem umas pelas outras. Isso seria o ideal.

Não me interessa a religião a, b, ou c, o que me interessa é fazer o bem ao máximo de pessoas possível.

Aprendi que nessa curta vida, não vale a pena discutir determinados assuntos; que o que realmente vale a pena é viver o que for possível intensamente e acreditar no que quiser, sem ter que enfiar nossa crença goela abaixo nas outras pessoas.

Sejamos felizes e façamos as outras pessoas felizes.

Heyrovsky Torres Rodrigues


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